domingo, 21 de junho de 2009

Por trás das janelas que se fecham

Por trás das janelas que se fecham
uma lua se esconde
num pálido manto
de nuvens cinzas chorosas.
Duas noites hão de morrer
- a noite d’eu e a noite d’Outro -
num silêncio ensurdecedor
e num interminável sono que restaura.
Por trás das janelas que se fecham
há ininteligíveis mãos.
Enquanto Deus apaga a luz
de meio mundo, eu
apago a luz do quarto
- Dorme com Deus, meu filho.
e com Ele vou dormir.

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